sábado, 27 de dezembro de 2008

Humanismo! Humanismo?

Então o que é humanismo ou ser humanista? É crer em uma centralidade humana? Ou que a espécie humana se posiciona em uma natureza própria auto-gerada e independente e além da natureza geral? Esta, que engloba todas as espécies, todos os espécimes, todas espécies de toda espécie. E se assim o for? significa isto que o ente humano é superior à natureza. Talvez, de alguma forma e em um determinado sentido.
Não importa se nosso espaço é construído, outras espécies, de outras maneiras, outras dimensões, também constroem o seus espaços. Suricatos, coelhos. Formigas e cupins moldam verdadeira cidades intrincadas de barro, terra. Em regiões do planeta tribos humanas habitam árvores e ainda utilizam instrumentos "rudimentares". No Saara pode-se visitar vilas moldadas em interiores de grandes buracos. Em diversas cidades ocidentais, Nova Iorque, Rio de Janeiro, pessoas habitam caixas de papelão, ocos de pontes, subterrâneos de metros. Outros, mais abonados, podem "com sorte" passar uma vida sem saberem o que é andar de ônibus ou atravessar uma rua movimentada.
Então, não seriam eles mais humanos ou menos humanos que qualquer outro? Seriam "nossas potencialidades", "nossas possibilidades", o fator a ser questionado, combatido.
A medida da questão não é tanto o grau de relevância que nos damos, porém, a mera constatação de que dentre as nossas diversas limitações é estarmos aprisionados em nossa própria possibilidades de comunicar.